Quem já se aventurou no mundo das grandes obras sabe que a máxima “imprevistos acontecem” é quase um mantra. Cada projeto possui a sua singularidade, os contratos e sua execução costumam ser mais complexos, algumas mudanças podem ocorrer no meio do caminho, os prazos podem já nascer apertados, entre outros. E tudo isso contribui para o surgimento de conflitos, que podem aparecer quando menos se espera.

Você sabia que mais de 11.000 obras estão paralisadas no Brasil, mobilizando aproximadamente R$22 bilhões em investimentos? Os dados são do Tribunal de Contas da União e impressionam, mas os motivos que podem estar por trás deles são ainda mais preocupantes: contratos mal redigidos, escopos mal definidos, falhas de comunicação, alterações de projeto sem respaldo documental e lideranças despreparadas para lidar com as burocracias e os conflitos que surgem no dia a dia do canteiro de obras.

É comum vermos engenheiros e gestores lidando com contratos como se fossem um mero “checklist” obrigatório. Mas, na prática, o contrato é a espinha dorsal de uma grande obra. Quando bem estruturado, com cláusulas claras sobre alocação de riscos, responsabilidades, prazos, critérios de medição e pagamento, formas de resolução de disputas, entre outros, ele previne e minimiza os riscos de um conflito.

Assim, é importante que as empresas tenham um jurídico atuante, que não é aquele que só aparece quando o problema estoura, mas que participa da estruturação do projeto, na fase pré-contratual, ao lado das equipes envolvidas na operação. Essa proximidade permite com que o advogado compreenda a dinâmica entre as partes, a fim de retratá-la em documentos bem redigidos e adequados à realidade do empreendimento. Afinal, como bons engenheiros sabem: a base precisa ser sólida para sustentar um grande projeto. E essa base, no mundo dos negócios, é construída com um time jurídico atuante desde o início.

Essa é uma das chaves para prevenir conflitos: construir alicerces sólidos na fase pré-contratual. Por isso, se você está à frente de grandes obras, conte com o jurídico desde o primeiro passo. A prevenção jurídica não é um custo; pelo contrário, é um investimento que pode evitar perdas imensuráveis.

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